Sem incentivo consistente, elétricos chegam ao Brasil a peso de ouro

Mesmo sem incentivos fiscais, os carros elétricos estão chegando ao mercado brasileiro assim mesmo. Embora o Rota 2030 ainda não tem sido anunciado oficialmente, pouco ainda será efetivo em relação aos carros elétricos, mas será um começo. O novo programa pretende reduzir o IPI para esse tipo de veículo com alíquotas que variam de 7% a 18%. Hoje, um elétrico paga 25%.

Isso já é uma ajuda para um segmento que até pouco tempo atrás não tinha absolutamente nada de apoio e ainda recolhia mais do que os carros comuns movidos por gasolina e/ou etanol.

A regra agora será com base no peso e na eficiência em MJ/km, mas as montadoras instaladas no país nem esperaram pelo presidente Michel Temer, que deseja anunciar a política nesta quinta (8), lá mesmo no salão.

Embora ainda não haja nada em definitivo, as marcas apostam que o mercado brasileiro irá se desenvolver com tais regras para os elétricos e antes de qualquer coisa, já botaram até preço em alguns produtos, embora ainda a peso de ouro.

A General Motors foi a primeira a botar preço em seu Chevrolet Bolt, que chega em 2019 por R$ 175 mil. Será um dos modelos da marca mais caros, atrás de Camaro, Trailblazer e versões da S10. A Nissan enfim soltou o Leaf (agora de nova geração) para seus clientes por R$ 178.400. Mas não ficou por aí, liberou a pré-venda também.

Porém, a Renault resolveu chutar o balde com seu Zoe – que já circula em quantidade nas frotas de empresas – por R$ 149.990 e venda imediata através de dois concessionários em São Paulo e Paraná.

Ou seja, se no começo do evento a promessa era ainda para 2019, agora sabemos que basta ir à loja amanhã (8) para testar e comprar um carro elétrico, que não é o BMW i3, o único que resistiu á falta de incentivos desde sua chegada em 2014. Para quem achava que o alemão era caro por ser de marca premium, agora sabe que não é bem assim. Hoje seu preço está em R$ 199.950.

Mas a fila de elétricos não para por aí. A Volkswagen mostra no salão o e-Golf, mas não diz nada sobre quando chegará, diferente do híbrido Golf GTE, que desembarca em 2019. A Kia fala no Soul EV para o mesmo período, enquanto a Audi confirma o e-tron para o Brasil, mas ainda sem data. A Mercedes vem aí com os smarts elétricos e a Porsche confirma o Taycan para 2020.

A Hyundai (CAOA) mostrou o mais realista (em relação ao conceito Saga EV) Ioniq, mas apenas para demonstração e a Chery coloca seu pequenino EQ1 para o visitante rodar no salão e ainda mostra sua estrutura no estande. Será que vem também? É provável.

Fonte: Notícias Automotivas

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AGÊNCIA CMI
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