Na última segunda-feira (6), o governo baixou um decreto criando o Programa de Proteção ao Emprego. Ele permite que empresas que possuem excedente de mão de obra por causa da baixa produção, devido à crise econômica nacional, possam reduzir jornada de trabalho e salários.
Com o PPE, as empresas podem reduzir em até 30% as jornadas de trabalho e os salários. Até metade da redução nos vencimentos poderá ser bancada pelo FAT (Fundo de Amparo ao Trabalhador). Também, o fundo será responsável por até 65% do seguro-desemprego, o que dá R$ 900,84.
O programa vai durar seis meses e entre os maiores beneficiados estão as montadoras, cuja produção caiu bastante e o excedente de funcionários por causa da baixa demanda gera férias coletivas, layoff e demissões, bem como extinção de turnos.
O setor automotivo deve aderir ao PPE, já que a adesão não é automática e leva algum tempo de negociação com os sindicatos. Para a Anfavea, o programa é um tipo de seguro-desemprego temporário que vai dar mais confiança ao trabalhador, o que pode ajudar na recuperação da economia nacional, pois um dos fatores que alimentam a crise é exatamente a incerteza no futuro, que faz com que o consumidor não compre.
Fonte: Notícias Automotivas