Aumento da eficiência energética dos carros deve gerar economia de R$ 2 bilhões

Um cálculo feito pela consultoria Bright revela o quanto de economia a redução no consumo de combustível dos automóveis brasileiros ocasionará só esse ano. Graças ao aumento da eficiência energética, obtido com as regras que as montadoras tinham de obedecer para atingir metas de redução de consumo no Inovar-Auto, os veículos deixarão de consumir o equivalente a R$ 2 bilhões em combustíveis neste ano de 2018.

Ao longo de seis anos, a conta chegará a R$ 44 bilhões, exatamente o mesmo montante em impostos que as montadoras pagarão anualmente se o Rota 2030 for aprovado com teto de R$ 1,5 bilhão em incentivos anuais. Na conta da consultoria, um carro 1.0 atual consome em um ano R$ 900 a menos em combustível que um similar de 2012, por exemplo. Esse foi o ano em que o Inovar-Auto foi instaurado no País.

O cálculo feito pela Bright leva em consideração um aumento médio na eficiência energética de 15%, que estarão sujeitos os carros  a gasolina e etanol no Brasil nos próximos cinco anos, de acordo com as metas que serão instituídas com o Rota 2030, segundo a consultoria, que trabalha no assessoramento do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior.

Segundo os dados apurados, em 2012, os carros com motor 1.0 tinham consumo médio de 14,0 km/l, mas atualmente esse nível está em 16,6 km/l. Assim, por volta de 2020, espera-se que a média de consumo fique na casa dos 20 km/l. Com base na gasolina a R$ 4,00 o litro, a Bright obteve como resultado redução de 224 litros no consumo anual e uma economia de R$ 896.

De acordo com a consultoria, as metas de redução para o período entre 2022 e 2027 permitirão que os carros nacionais possam competir em pé de igualdade com os modelos globais em eficiência energética e emissão de poluentes. É exatamente no fim desse ciclo que a União Europeia quer que as barreiras para importação sejam derrubadas em um acordo de livre comércio Mercosul-UE.

A estimativa é que para que isso ocorra, é necessário que a meta de redução de 12%, instituída com o Inovar-Auto, continue com o Rota 2030. No regime anterior, esse era o patamar mínimo, mas as empresas que alcançavam 15,4% ou 18,8%, obtinham descontos de 1% e 2% de IPI, respectivamente. Os melhoramentos obtidos nos carros foram desde a introdução de turbo e injeção direta até aços de alta resistência e difusores de grade ativa, por exemplo.

Segundo o MDIC, só em termos ambientais, foi evitada a emissão de um milhão de toneladas de CO2 por ano na atmosfera. Nesse caso, a pasta governamental salienta que a inspeção veicular obrigatória a partir de 2019 deverá retirar das ruas 400 mil carros por ano. Outro ponto é a segurança, onde 13 novos itens de proteção ativa e passiva foram aprovados para instalação obrigatória nos carros nos próximos anos.

Fonte: Estadão

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AGÊNCIA CMI
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