China cortará produção de 553 modelos em 2018

Reduzir as emissões de poluentes a qualquer custo. É isso o que o governo da China está fazendo e inclui impedir a produção de veículos que não atendem mais a legislação ambiental local. Por isso, a partir de janeiro, 553 modelos e versões deixam automaticamente as linhas de montagem no país.

De acordo com a Bloomberg, não serão apenas carros de marcas baratas, mas até de players globais presentes na China, entre eles Audi, Chevrolet e Mercedes-Benz. A associação chinesa que representa os fabricantes de automóveis de passeio e comerciais leves, disse que, apesar do número parecer elevado para os padrões ocidentais, é pouco diante da enorme quantidade de opções que existem no mercado chinês.

A China Vehicle Technology Service Center compilou uma lista de modelos e versões que sairão de linha no país asiático, sendo essa a primeira vez que o governo chinês relaciona uma quantidade de produtos que ferem as normas de emissão. Segundo analistas de mercado interno, listas como essa serão frequentes nos próximos anos. Pequim quer reduzir cada vez mais os modelos a gasolina ou diesel que não atendem os padrões estabelecidos.

Do outro lado, a eletrificação da frota é uma ação obrigatória para os fabricantes de veículos, que terão cotas a cumprir anualmente nos próximos anos. Além disso, a China está movimentando-se no sentido de eliminar a comercialização de carros de combustão interna nas próximas décadas. Porém, o caminho que Pequim queria traçar juntamente com alguns países europeus, que é a eliminação do mercado de novos com gasolina ou diesel, contrariou alguns fabricantes mundiais, especialmente a GM.

Mas não é apenas as gamas de produtos que estão sendo reduzidas na China. O corte do governo é bem amplo e atinge do consumidor ao fabricante de veículos. Por exemplo, moradores de algumas cidades são obrigados a participar de loterias de licenças para circulação de veículos. Quem consegue e ainda tem que pagar alto para manter a licença. Lá existem endinheirados que pagam dezenas de milhares de dólares para ter direito à circulação.

Nas revendas, saem agora 553 modelos e na indústria automobilística da China, a coisa é um pouco mais radical. Pequim está cortando o acesso ao aço, limitando o consumo de carvão – matriz energética do país – e eliminando a produção de veículos acima dos limites de emissão.

Dessa forma, o maior mercado do mundo espera converter as vendas de carros comuns em elétricos nos próximos anos. Se conseguirá, não sabemos, mas mudar a matriz energética para uma fonte mais limpa, como a hidrelétrica, por exemplo, ajudaria na redução geral das emissões de CO2. Atualmente, 65% da energia da China vem de termoelétricas movidos à carvão.

Fonte: Bloomberg

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AGÊNCIA CMI
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