Consumidores estão trocando de carro em busca de mais tecnologia nos EUA

1O mercado americano está passando por uma mudança radical na preferência dos consumidores. A busca por tecnologia embarcada e conectividade aumentou muito depois do fim da crise econômica de 2008.

Os consumidores passaram a optar por carros mais sofisticados e seguros, contrariando a regra anterior. Hoje, um carro com 10 anos de uso nos EUA é extremamente obsoleto em relação aos modelos atuais. Em 2005, um terço possuía controle de estabilidade e apenas um décimo dispunha de câmera de ré, por exemplo.

No entanto, carros até com cinco anos de uso já estão bem desatualizados em comparação com os novos. A tendência é a mesma observada no mercado de smartphones, onde os clientes passaram a valorizar mais a marca do que o produto em si, trocando-o mesmo sem necessidade, mas apenas por ser um modelo mais novo.

Uma pesquisa revelou que o prazo médio de leasing no país caiu para 36 meses, o menor nível histórico dos EUA. Em alguns casos, menos de três anos é o período suficiente para que o consumidor troque de carro. Isso porque cada vez mais os carros estão se parecendo com os smartphones.

As pessoas buscam ter a mesma experiência que possuem no Android, iPhone ou Windows Phone dentro dos automóveis. Cada vez mais os carros ficam conectados à rede e apresentam aplicativos próprios, reproduzindo também as telas dos aparelhos móveis, respondendo mensagens, acesso redes sociais, entre outros.

Essa procura por tecnologia naturalmente tem um custo e é bem elevado. Os preços dos automóveis nunca estiveram tão altos nos EUA. A média de acréscimo nos preços foi de US$ 3.000 desde 2009 e hoje o valor médio é de US$ 32.100. No entanto, isso não assusta o consumidor americano, que deverá contribuir para que 2015 seja o sexto ano consecutivo de alta no país.

Acredita-se que este ano o país emplaque 16,9 milhões de veículos. Com preço baixo da gasolina, por causa da queda na cotação internacional do petróleo, rodar ficou mais barato. Além disso, taxas de juros mais baixas e empréstimos mais longos também contribuem para um bom desempenho dos EUA.

E no Brasil?

Essa tendência também pode ser observada no Brasil, mas não no mesmo ambiente do americano. As vendas não estão crescendo, assim como a produção e a exportação. Os preços se elevaram no começo de 2015 e a gasolina ficou mais cara duas vezes este ano por causa dos altos impostos praticados no país.

No entanto, o consumidor brasileiro – apesar do pior cenário possível – já acompanha a tendência de buscar mais entretenimento e segurança. Modelo compacto de entrada, que antes era peladão e praticamente oferecia o “básico do básico”, hoje apresenta um pacote bem melhor do que há 5 anos atrás, por exemplo.

O entretenimento nos compactos nacionais aumentou bastante com a interação através de smartphones, assim como o nível de segurança, elevado com a adoção de dispositivos eletrônicos presentes até então em carros mais caros. No mercado, essa resposta está sendo positiva e quem apostou nesse caminho já está obtendo bons resultados.

Fonte: Infomoney

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AGÊNCIA CMI
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