Os consumidores americanos já devem estar esfregando as mãos. Atualmente, o galão de gasolina (3,78 litros) está custando em média US$ 2,59 (R$ 8,12). No entanto, um acordo nuclear entre EUA e Irã, deve favorecer uma ampliação da oferta de petróleo no mercado internacional.
Com isso, já é esperada uma queda mensal entre US$ 0,10 e US$ 0,15 nos preços da gasolina nos EUA, chegando mesmo a US$ 2,00 por galão (R$ 6,27 ou R$ 1,66 por litro). Atualmente, a demanda por petróleo dispõe de uma boa oferta do produto, que faz os preços caírem bastante na cotação global.
Nossos vizinhos Paraguai e Uruguai, por exemplo, experimentam redução nos preços da gasolina por causa disso. Comenta-se que o Irã tenha feito uma boa reserva de petróleo, inclusive com inúmeras barcaças abarrotadas do produto. O objetivo é que, quando as sanções forem levantadas, ela poderá exportar sua produção mais rapidamente.
O Irã produziu 2,8 milhões de barris diários em junho, mas as exportações caíram para 1,1 milhão de barris/dia desde 2012 por causa das sanções. Ou seja, há pelo menos 1,7 milhão de barris todos os dias sendo disponibilizado para o consumo interno, cuja demanda é muito menor. Acredita-se que os campos iranianos possam produzir entre 3,4 e 3,6 milhões de barris/dia em pleno funcionamento.
Sem dúvida, essa maior oferta do Irã deve jogar os preços da gasolina para baixo em todo o mundo, exceto é claro, no Brasil. Aqui, a política governamental onera o produto com muitos impostos e o preço acaba sempre subindo ao invés de acompanhar a cotação internacional. Assim, lá fora os carros já são mais baratos e agora terão gasolina também mais em conta.
Fonte: Associated Press