Nissan anuncia recall de 150 mil carros por novos problemas de inspeção

A Nissan anunciou na última sexta (7) que descobriu novos problemas referentes à inspeção de seus veículos no Japão, e divulgou um recall de 150 mil veículos. A marca japonesa já havia sido afetada por um escândalo vinculado à fraude nos últimos meses. A notícia é especialmente ruim devido ao momento vivido pela Nissan no caso sobre sonegação fiscal envolvendo o ex presidente da aliança Renault, Nissan e Mitsubishi, Carlos Ghosn.

O recall, que será divulgado em 13 de dezembro, está limitado ao Japão, informou a empresa em um comunicado. A nota da Agence France Presse (AFP) diz ainda que o número de carros envolvidos no anúncio se soma aos outros 1,15 milhão de veículos já convocados desde a revelação, no último trimestre de 2017, sobre más práticas nos controles feitos nas fábricas.

A Nissan apresentou medidas para tentar resolver a situação, mas as alegações não foram suficientes e a montadora teve que admitir a falsificação de valores nos testes. Lembrando que os testes existem para aferir a economia de combustível e as emissões de gases poluentes dos motores.

O caso é semelhante ao vivido pelo maior grupo automotivo do mundo, a Volkswagen. Em sua defesa, o vice-presidente do grupo, Seiji Honda, assegurou em uma coletiva de imprensa em Tóquio que desta vez todos os problemas foram eliminados.

A Nissan destacou a grande importância da implementação de 77 medidas detalhadas em setembro passado como parte de um investimento de até 180 bilhões de ienes, mais de 1,3 bilhão de euros, ou R$ 5,8 bilhões para modernizar suas fábricas e centros.

Diante das perguntas sobre a governança da Nissan, cheias de dúvidas após o caso Ghosn, Seiji Honda afirmou que o grupo está revisando todos os seus procedimentos, e não apenas em seus centros de produção. A nota afirma ainda que a promotoria investigará a Nissan por considerar que a empresa também tem responsabilidade na sonegação fiscal.

A Nissan recordou que coopera plenamente com a Promotoria local, que iniciou suas investigações após receber um relatório interno da montadora sobre o caso.

Fonte: Auto Esporte

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AGÊNCIA CMI
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