Ele já quis posar de mocinho rebelde. Na geração anterior, chegou com musiquinha dizendo que não era carro de tiozão. Resultado: já que o carro não era para eles, os “tiozões” continuaram comprando Corolla, e os “sobrinhos”, como se sabe, não compram sedãs, salvo exceções. Nesta nova geração (a sétima), o Sentra assumiu seu lado sóbrio, conservador, sem que isso seja necessariamente algo negativo. O novo modelo está suave, bem acabado, confortável e espaçoso. Normalmente, é isso o que se espera de um modelo dessa categoria. E é isso o que ele entrega. Afinal, para que se arriscar a sair da zona de conforto?
Quem gosta de um carro com as características do Corolla deve prestar atenção ao Sentra. O Nissan é confiável, seguro, tem visual imponente, leva a família com conforto, etc. Embora o visual seja completamente diferente e a plataforma seja nova, a mecânica (motor 2.0 e câmbio automático CVT, continuamente variável) foi mantida, com as devidas atualizações.
Ao volante, o que chama a atenção é a resposta sempre imediata aos comandos do acelerador. O carro é tão animado que, às vezes, é preciso até tomar cuidado, especialmente em manobras de estacionamento. Isso porque basta um leve toque no acelerador para o carro sair rápido. Desconfio que a Nissan calibrou o motor para ter esse ímpeto nas saídas de modo a compensar as respostas do câmbio CVT. Há casos de veículos meio sonolentos quando equipados com esse sistema. Não é o caso do Sentra. O sedã está sempre alegre.