Petrobras pode diminuir preço de combustíveis em breve

economizar-combustivel-dicas-2A Petrobras deve anunciar em breve a diminuição dos preços de combustíveis. De acordo com uma publicação do Diário de Pernambuco, a empresa petroleira deve tomar essa medida para evitar a concorrência com outras distribuidoras, que estão se movimentando para aproveitar o cenário doméstico favorável e concorrer em preço com a estatal, devido ao baixo preço internacional do petróleo.

Segundo fontes, a Petrobras tem analisado o interesse de empresas em importar e revender combustível no País. Porém, ainda não há uma decisão até o momento.

Esse reajuste dos preços seria uma estratégia para proteger a posição de mercado. Ainda de acordo com a fonte, “a Petrobras não pode manter o preço muito acima do mercado internacional por muito tempo pois já tem empresas se movimentando, em termos de logística, para aproveitar a oportunidade de importação”.

A queda acumulada no preço internacional do petróleo desde outubro passado e os reajustes de combustíveis um mês depois, a gasolina vendida por aqui passou a apresentar preços até 60% maiores ao de mercados internacionais, enquanto o diesel tem valores até 40% superiores. Após essas mudanças de valores, as distribuidoras começaram a dar indícios de uma possível competição de preços com a estatal, importando combustível e repassando a diferença ao consumidor.

Segundo o presidente do Sindicato Nacional das Empresas Distribuidoras de Combustíveis e de Lubrificantes (Sindicom), Alísio Vaz, ainda que os preços menores sejam confirmados, dificilmente haverá impacto para o consumidor final, já que a Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico (Cide) deve voltar na nova política econômica do governo, cerca de dois anos após ter sido zerada, fazendo com que a Petrobras pudesse reajustas seus preços sem impacto nos orçamentos dos consumidores e na inflação.

“A Cide incide tanto para os combustíveis produzidos no País quanto para produtos importados. Com a sua retomada e queda de preço na refinaria, preços internos e externos poderiam se equiparar e a arrecadação do governo federal aumentaria”, revelou Vaz.

Além disso, os preços mais baixos dos combustíveis iria dificultar a recuperação do caixa da companhia, que registrou durante os últimos três anos uma grande defasagem no preço interno quando comparado com o mercado internacional, onde a cotação do petróleo ficou acima de US$ 100 por um longo período.

Hoje, a cotação é de cerca de US$ 50, dando fôlego extra para a Petrobras recuperar o caixa e, com isso, operar normalmente em um momento frágil e com constrangimento financeiro e dificuldade de acesso ao crédito, após adiar duas vezes a publicação do seu balanço trimestral.

Fonte: Diário de Pernambuco

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AGÊNCIA CMI
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