Produção de veículos cresce 27% em 2017

O Brasil já produziu 1,98 milhão de veículos até o final de setembro, acumulando alta de 27%. A alta na produção é reflexo principalmente das exportações, embora o mercado também esteja respondendo de forma positiva nessa esperada recuperação, que de fato deve ocorrer a partir de 2018. Em setembro, 199,2 mil veículos saíram das linhas de montagem brasileiras, que representa alta de 24,5% em relação ao mesmo período de 2016.

Mesmo a queda de 8% em setembro com relação ao mês de agosto não preocupa os fabricantes, vistos que se houvesse mais três dias úteis, o mês passado superaria o anterior. Com ritmo voltando, o chão de fábrica começa a ficar mais ocupado, mas com trabalhadores.

Cerca de 489 pessoas que estavam em layoff ou PSE (Programa de Seguro Emprego) retornaram às plantas de produção e é esperado que outros mais voltem aos seus postos de trabalho nos próximos meses. Cerca de 126,3 mil pessoas fecharam o mês em seus postos de trabalho. Rogelio Golfarb, vice-presidente da entidade, comenta: “A demanda crescente nos permitiu trazer para as fábricas os funcionários que estavam afastados. É importante porque demonstra estabilidade do emprego no setor”. Dessa forma, o layoff foi reduzido para 2.964 pessoas, antes era 3.432. No caso do PSE, houve redução de 2.888 para 2.086 pessoas.

Com vendas em alta de 7,4% no ano, o mercado já parece reagir bem. A Anfavea projetou em agosto, alta anual de 7,3% para 2017, mas já terá de refazer os números. Golfarb diz: “a média diária em setembro alcançou o pico dessa estatística este ano. É prematuro dizer que esse ritmo vai continuar no último trimestre. O importante é que o ritmo de recuperação continua”.

Apesar da alta nas vendas e na produção, o estoque nas fábricas e concessionários continua alto. Atualmente, existem 224,1 mil veículos esperando por seus futuros donos, o que representa 34 dias de vendas. Para a Anfavea, a estimativa de produção para 2017 fica entre 2,6 milhões e 2,8 milhões de unidades, sempre considerando todos os segmentos de mercado. A expectativa é alta de 25% no no.

Segundo Goldfarb, a previsão é que a indústria automotiva feche 2017 com ociosidade pouco abaixo de 50%. Atualmente o parque nacional trabalha com 52% de ociosidade. No caso de caminhões e ônibus, a situação é ainda pior, operando com apenas 30% da capacidade instalada.

Nas exportações, a indústria não tem do que reclamar. O país bateu mais um novo recorde de vendas no exterior, alcançando 566.266 veículos, superando 2005, que até então foi o melhor resultado nesse período, que na época representou 547 mil vendidos no mercado internacional. Em comparação com 2016, as exportações subiram 55,7%. Em setembro, 60.049 veículos partiram para fora, alta de 52,2% em relação ao mesmo período do ano passado. Mas, agosto foi melhor, com 66.792 unidades, uma diferença de 10,1%.

Fonte: Notícias Automotivas

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AGÊNCIA CMI
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