Um projeto de lei em discussão no Senado Federal pode colocar um fim ao comércio de carros movidos por motores a combustão. No entanto, a data proposta está muito longe para boa parte dos motoristas atuais: 2060. Essa é a proposta do PLS 454/2017, que estava tramitando na Comissão de Assuntos Econômicos.
Nessa comissão, o projeto de lei teve parecer favorável para execução e agora ele está sendo debatido pelos senadores da Comissão do Meio Ambiente (CMA). O texto prevê que somente os carros movidos a gasolina e diesel, ou seja, derivados do petróleo, tenham suas vendas encerradas daqui a 40 anos.
Os veículos movidos por combustíveis alternativos, como etanol e hidrogênio, por exemplo, continuariam a ser vendidos no país. No entanto, para alcançar essa meta, a proposta é que haja uma redução gradual no percentual de veículos a combustão com gasolina e diesel nos próximos anos.
Pelo projeto, 90% das vendas serão de carros com motores a combustão em 2030. Em 2040, esse percentual cairia para 70% e em 2050, apenas 10% do total. A proposta para o Brasil é semelhante a que vem sendo adotada por outros países. A Holanda, por exemplo, quer acabar com os carros a combustão (gasolina e diesel, essencialmente) em 2025.
A Noruega vai pelo mesmo caminho, enquanto Alemanha e França planejam fazer o mesmo por volta de 2030. Até a Índia, um país com baixa motorização por habitante, quer eliminar as vendas de carros a gasolina e diesel no mesmo ano, seguindo assim uma tendência mundial de conversão da frota atual para carros elétricos ou abastecidos de outra forma.
Nesse caso, o hidrogênio aparece como solução alternativa ao carro elétrico em alguns países, mas poucos fabricantes apostam nisso agora. Toyota, Honda e Hyundai são os únicos que já comercializam carros com esse combustível. O etanol surge como outra opção, mas o mesmo só é difundido no Brasil. O GNV ainda é outra opção para algumas regiões.
Fonte: Exame